sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Musical sobre o ogro de bom coração estreia no Brasil

Fonte: Globo Teatro

Pouco educado, mas com um coração proporcional ao seu tamanho. Assim pode ser definido Shrek, o ogro mais famoso do mundo da fantasia. Sucesso de bilheteria em quatro longa-metragens e um musical badalado nos palcos da Broadway e em Londres, a história chega agora aos palcos brasileiros, no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro. O espetáculo conta com direção de Diego Ramiro, direção musical de Marcelo Castro – vencedor do prêmio Shell 2011 por “O Violinista no Telhado” – e versão das músicas em português assinadas por Claudio Botelho. 

O caminho até o Brasil foi longo. Enquanto fazia a produção da peça “O Médico e o Monstro”, a produtora de Diego Ramiro entrou em contato com a produtora Dream Works para comprar os direitos da história de “Shrek”, a fim de trazê-la para a América Latina. Depois de um longo tempo de negociação, a empresa americana aceitou a proposta e procurou os brasileiros.

– De início eles não aceitaram, pois o musical ainda estava em turnê pelos Estados Unidos. Depois de um tempo, eles viram que esse mercado no Brasil estava crescendo muito e vieram atrás da gente. Perguntaram se ainda tínhamos interesse e nós respondemos: “Claro!”. É um título que eu sempre gostei, assisti a todos os filmes, vi versões de Halloween, de Natal. É um personagem incrível, que eu gosto muito – lembra Ramiro.

O musical segue o roteiro do primeiro filme. A trama conta as aventuras de um ogro que vivia feliz e solitário em um pântano, parte do reino Tão, Tão Distante. Sua paz é ameaçada quando uma série de personagens de contos de fada invade a floresta após serem expulsos do reino pelo amargo Lord Farquaad. Determinado a recuperar sua tranquilidade, Shrek resolve encarar o rei e oferece um acordo: todos os personagens poderão retornar aos seus lares se ele resgatar a bela princesa Fiona, que vive aprisionada em um castelo guardado por um dragão. Para isso, ele recebe a ajuda de seu fiel escudeiro, o Burro. Porém, quando eles atingem esse objetivo, descobrem que seus problemas estão só começando.

Mais de dois mil atores se inscreveram para participar do espetáculo. Desses, 300 foram chamados para participar do processo de audições. Na primeira fase, os dotes vocais foram avaliados. Restaram então 80 atores, que decoraram textos e músicas específicas do espetáculo. No final, 23 atores foram escolhidos para revezarem-se no papel das diversas criaturas do mundo da fantasia. Ao lado deles, Marcel Octavio vive Lord Faquaard, Sara Sarres é a bela princesa Fiona e Diego Luri ganhou o papel de Shrek. 

– Foi uma honra, eu não esperava! Imaginei que, se passasse, entraria para o coro. Esse é o meu primeiro grande musical. É muita responsabilidade. Mas está sendo ótimo. Eu sempre gostei do Shrek e até me identificava com ele. Sou muito estabanado, não tenho noção de espaço. Ainda mais com o figurino, acabo amplificando o desastre que eu já sou. Além disso, como o próprio Shrek fala na peça, eu também sou cheio de camadas e escondo os meus sentimentos. Eu passo uma imagem de durão, mas no fundo sou um bobão como ele! – diverte-se Luri, cuja caracterização, que conta com uma prótese de silicone para o rosto, leva cerca de três horas.

Sucesso como Valéria e Adelaide no humorístico “Zorra Total”, Rodrigo Sant’Anna foi o único ator convidado para participar do musical. O diretor buscava alguém que pudesse trazer humor para o personagem do Burro. Rodrigo não conhecia a história infantil e, quando recebeu o convite, ficou bastante assustado.

– Falei com eles: “Mas eu não canto!”. Então agendaram uma reunião com o Marcelo Castro, diretor musical, e disseram que dava para eu fazer. Pensei que eles estavam loucos, mas acabei aceitando. Agora eu estou super feliz. E o Burro é um personagem tão do humor que eu não preciso ser um cantor exímio – explica Sant’Anna, que decidiu dar uma pegada mais suburbana ao personagem, que fala alto e tem um linguajar bem característico. 

Orçado em R$ 10 milhões, o espetáculo traz diversos efeitos. São 30 cenários e cerca de 80 figurinos, além de uma orquestra ao vivo que interpreta as músicas em português. Também há um boneco de oito metros que sobrevoa o palco, dando vida à dragoa que protege o castelo onde Fiona está presa. Além disso, um truque de levitação acontece quando a princesa se transforma em ogra, realizado com a ajuda de um dos maiores ilusionistas brasileiros, Issao Imamura. Diversão garantida para toda a família.

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